Começo.
Um ato de amor.
E no princípio foi assim: aguardar. Nove meses. Mais coisa menos coisa. E de novo aguardar. A ansiosa espera para ver o rosto do bebé. As horas, os intermináveis minutos que antecedem a notícia da chegada ao Mundo. As preces para que tudo corra bem, para que o bebé venha com saúde e serenidade. Nesse momento, o do começo, nasce também o amor. Outro. Novo. Arrebatador. Eterno. No começo, é inundado de amor que se espera e que se chega.
Meio.
Uma vida de amor. Porque, no final das contas, é isso que nos move. Amor filial, maternal, paternal, fraternal. Amor-amizade, amor-paixão, amor de alma, amor à profissão ou a qualquer causa. Amor. O que mais nos torna humanos. Planta-se uma semente de amor aqui, outra ali, outra acolá e, com sorte, colhem-se os frutos. Quanto mais se planta, mais hipótese de se ter boas colheitas.
Fim.
Quando o ciclo se fecha sem ser repentina e inesperadamente, é como no começo: aguardar. A longa, angustiante e dolorosa espera. Como no começo: a fragilidade do corpo. Como no começo, as preces para que tudo seja pelo melhor. No fim, é inundado de amor que se espera e que se vai.
Novo(s) começo(s). E o amor - sempre ele- perdura.
São Paulo, 18 de Fevereiro de 2013
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