quinta-feira, 22 de maio de 2014

Coisas que estão a fazer toda a gente parar

A paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus. A mim, afetou-me nos dois dias anteriores. No primeiro dia, tive de ir trabalhar de táxi uma vez que não passava um único ônibus. Quando me dirigia para um outro ponto mais distante, fui informada por uma senhora que os motoristas estavam a parar naquele ponto e a pedir (ou mandar, mais propriamente) que todos os passageiros descessem ali. Depois, cada um que se virasse como pudesse. Toda a gente, logicamente, indignada. Como o trajeto que eu tinha de percorrer era curto e já estava em cima da hora, fui de táxi. Quando voltava para casa, a situação estava ainda mais complicada. Um trânsito infernal, que me impossibilitava de voltar de táxi- iria pagar uma fortuna! O único ônibus que passou, estava cheio, literalmente a rebentar pelas costuras. Gente, gente e mais gente a caminhar pelas ruas ou acumular-se nos pontos de ônibus, e esses, nem vê-los. Estavam todos parados nas garagens ou no meio da rua, o que é um desrespeito ainda maior, porque além de prejudicar os usuários do transporte público, prejudicam quem se está a deslocar de carro. Acabei por voltar para casa a pé. Durante todo o caminho não vi um único ônibus. No dia seguinte, esperei quase 1 hora pelo ônibus. Nada. Voltei para casa. Hoje, felizmente, a situação parece estar regularizada. Nós, gente que precisa de utilizar o serviço público de transporte, agradecemos. Foi uma falta de respeito o que aconteceu nestes dias. Nem falo por mim, mas por gente que teve de caminhar 10 vezes mais que eu para chegar a casa, ou para chegar a um outro meio de transporte, gente que se acumulou nos outros transportes disponíveis em situações desumanas, gente que demorou 3 horas a chegar a casa ou outros ainda que tiveram de dormir - meu Deus, atentem no absurdo disto-, dormir nos terminais de ônibus porque não teriam como ir e voltar para trabalhar no dia seguinte e não se podem dar ao luxo de perder o emprego.

Não é assim que se resolvem as coisas. Não pode ser assim. Não pode ser a prejudicar pessoas que nada têm a ver com as reivindicações em causa- sejam elas justas ou não.

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