quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Coisas que me fizeram parar




Ontem foi um dia histórico: o primeiro arco-íris que vi em São Paulo, ou seja, o primeiro arco-íris que vejo nos últimos 3 anos e 1 mês! Não que em Lisboa os visse a toda a hora. Nem me lembro do último que vi por lá. Simplesmente sei que estou aqui há 3 anos e 1 mês e que ainda não tinha calhado de o ver por aqui. Em Lisboa, lembro-me bem de um dos últimos que vi: ia de carro, de manhã cedo para ir dar aulas em Mafra, e lá apareceu ele, um arco colorido bem desenhado no céu. Pensei na história do pote de ouro no final. Lembro-me bem desse arco-íris porque, ao contrário do que costuma acontecer, em que ele espreita, nos sorri e faz sorrir e logo se desvanece, esse acompanhou-me numa boa parte da viagem. Lá ia eu, a caminho de Mafra e prestes a encontrar o pote de ouro!
Ontem, como nas outras vezes, parei, com um sorriso estupidificado no rosto. O que é que eu posso fazer? Eu sou dessas pessoas que param a olhar para o arco-íris, o pôr-do-sol e outras tantas belezas da natureza. Chamem-me tola, mas momentos desses fazem-me esquecer de tudo, parar no tempo e no espaço e apenas Ser. Ontem, quando o tempo voltou a existir para mim, eu pensei só numa coisa: quem me dera que o meu pequenote estivesse aqui para ver isto! Ele, no auge dos seus 4 anos, nunca viu nenhum arco-íris e eu, o que desejo, é que ainda muitos arcos-íris o façam sorrir e, já agora, que ele encontre o pote de ouro no final!

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