terça-feira, 31 de outubro de 2023

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Quando comecei a ler mais sobre yoga, a aprofundar-me um pouco nesse estudo, o que mais me cativou foi perceber que o yoga sempre esteve na minha vida. Quanto mais eu aprendo sobre yoga, mais o reconheço em mim, e mais me reconheço nele.

Já era yoga quando, aos 6 anos de idade, eu ficava totalmente concentrada nos exercícios de ginástica. Já era yoga quando, na ginástica, nada mais existia à minha volta e, totalmente envolvida naquele momento, sentia uma liberdade que não sabia explicar. Já era yoga quando, desde a adolescência, me questionava "De onde vim? Para onde vou? Quem sou eu?" Já era yoga quando percebi a importância crucial da disciplina para atingir os objetivos. E também já era yoga quando entendia que, apesar de toda a disciplina e dedicação, no momento da apresentação de ginástica ou música, é preciso entrega - aceitar que não temos controle sobre tudo. Já era yoga quando percebi que, sentada ao piano, conseguia chegar mais perto da minha essência do que em qualquer outra situação. Já era yoga quando sentia um arrepio percorrer-me as costas a ouvir certas músicas. Já era yoga quando eu sentia que não é por acaso que a Natureza é tão perfeita, que algo maior que nós mantém o Universo inteiro no lugar. Já era yoga quando ficava imersa na contemplação do mar, do pôr-do-sol e sentia que era uma Parte do Todo. Já era yoga quando, depois de me mudar para o Brasil, tive que procurar em mim mesma, quem eu era sem todos os rótulos que me habituei a vestir durante 30 anos. Já era yoga quando o meu filho pequeno me relembrava a importância da Presença em cada momento. Já era yoga quando percebia os padrões da minha vida e dos que me são mais próximos. Já era yoga quando percebi que a vida é mais do que comer, dormir e sobreviver. Já era yoga...Cada vez é mais yoga.

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