sábado, 16 de dezembro de 2023

203-365

 Hoje fiz algumas compras no mercado e depois uma caminhada até casa com as compras na mão. Uma das sacolas estava mais pesada. Caminhei alguns metros com ela na mão, e comecei a sentir cansaço. Optei, então, por encaixá-la entre o braço e o antebraço. Bem mais fácil e confortável. Caminhei uns tantos metros com ela assim, até que começou a "marcar-me" o braço. Voltei à posição inicial, procurando a posição em que conseguia manter o menor esforço possível no braço. Fui alternando de braço. Sempre à procura da posição de menor esforço muscular.

Este trajeto a carregar este peso, fez-me refletir nos pesos que carregamos na nossa vida: às vezes, fazemos esforço a mais, desnecessário, perante algum desafio. Outras vezes, não procuramos uma forma melhor de lidar com esse peso, ficamos presos a uma única forma de o carregar, por vezes, sofrida. E a verdade é que há sempre alguma forma de criar menos esforço, de descontrair alguma parte de nós para a qual não estávamos atentos. Mesmo carregando o mais difícil dos pesos, há sempre alguma coisa que podemos soltar (em nós) e tornar menos sofrido o trajeto enquanto carregamos esse peso. Por vezes, aceitar que temos que levar aquele peso connosco até um determinado lugar, é o suficiente para reduzir o esforço empregue. A resistência retrai-nos e dificulta o trajeto. A aceitação abre o caminho. E, seja como for, é preciso ter em mente que há sempre um momento de chegar ao destino, pousar o peso e, finalmente, abandoná-lo. Já Jesus dizia, sabiamente,  "Por isso, não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações. Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades."

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