quinta-feira, 6 de abril de 2023

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Conheci a Joana como uma das "pequeninas" da classe de piano da minha professora. Antes de sermos amigas, a minha professora falava-me das alunas mais novas e exaltava o talento da Joana, a facilidade para aprender, a musicalidade. Nem sei bem quantos anos temos de diferença. Na verdade, nem são tantos assim, embora naquela época, parecesse que um fosso separava "as pequeninas" de mim. Mas a nossa classe de piano começou a conviver e interagir cada vez mais, e aí nasceu a nossa amizade.
Sempre admirei a Joana. Não apenas o indiscutível talento dela, mas a pessoa incrível que é. Talvez a forma tão especial com que se expressa no piano derive disso mesmo: da sua invulgar sensibilidade, da sua generosidade, da sua autenticidade, da sua alegria em viver. Nunca a vi esmorecer, desanimar. Tem sempre um sorriso guardado, um "sacode a poeira e bola para a frente!" como se diria aqui no Brasil. A Joana, seja em que circunstância for, é sempre a Joana, igual a ela mesma, que acredita nas pessoas, na vida. Mas não se enganem: por trás de toda a sua doçura está uma mulher incrivelmente forte e corajosa. Nunca hesitou em se reinventar quando foi necessário. É uma das pessoas que mais admiro na capacidade de gerir inúmeros projetos e atividades ao mesmo tempo. Arregaça as mangas e muitas vezes parece que consegue fazer o que exigiria duas pessoas para ser feito!
Para mim, foi um absoluto privilégio ser colega dela enquanto alunas e enquanto professoras porque, afinal, tudo é mais fácil e divertido quando estamos com uma grande amiga. Sempre nos rimos muito juntas. Mesmo em situações stressantes ou complicadas, arranjávamos maneira de nos rirmos. Sinto muita falta do nosso convívio, das nossas palhaçadas, das nossas conversas, desabafos. Mas sei que, onde quer que estejamos, o carinho e a cumplicidade que nos unem permanecem.
Que este ano te traga tudo de melhor. Mereces isso e muito mais!
Parabéns, "pequenina".

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