sexta-feira, 7 de abril de 2023

O que Jesus faria (17)

"Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem." Ao ser crucificado, pouco antes de morrer na cruz, Jesus teve, talvez, a atitude mais nobre da história da humanidade. Um ato de amor e perdão incondicional. Ciente da nossa ignorância, não nos condenou, não nos julgou. Mais do que isso, magnanimamente, perdoou-nos. Mesmo com todo o sofrimento que lhe foi infligido.

Quantos de nós guardam mágoas dos outros? Até de nós mesmos por ações (ou falta delas) no passado? Quão difícil é deixar um ressentimento para trás? Quão difícil é perdoar? Quanto nos pesa no coração aquilo que não conseguimos perdoar?
Uma das maiores dificuldades do perdão é achar que ele é uma dádiva nossa para quem nos ofendeu e, ao mesmo tempo, sentir que a ação do outro não merece essa dádiva. Mas aí está o equívoco: o perdão é, essencialmente, para nós. Ele liberta-nos de mágoas que não temos que carregar connosco. É uma dádiva para nós mesmos. "Não julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." Quem nunca errou? Quem nunca precisou de ser perdoado?
A forma mais fácil (ou menos difícil...) de perdoar é aceitar que o que aconteceu não poderia ter acontecido de forma diferente. E assim como Jesus entendeu que "eles não sabem o que fazem", temos que fazer esse exercício mental de entender que quem nos feriu, fez o melhor que pôde sendo a pessoa que era naquele momento.
O perdão de Jesus é, sem dúvida, uma das passagens mais bonitas da Bíblia e deveria ser inspiração para todos nós. 

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