domingo, 10 de setembro de 2023

169-365

 Ontem fomos à festa da Achiropita. Uma festa típica em honra a Nossa Senhora da Achiropita, com comidas e doces tradicionais italianos e várias barracas com brincadeiras e jogos. Um pouco na tradição dos Santos Populares em Portugal. Assemelha-se também na multidão que enche as ruas! Impossível comprar fogazza com as filas quilométricas, mas comemos doces e fizemos tiro ao alvo. E, do nada, começou a chover. A chover bem ao estilo de São Paulo: torrencialmente. Ficamos abrigados nas barracas dos jogos, e tentamos ganhar um peluche acertando com umas argolas no alvo. O peluche não veio, mas saímos de lá com uma bola enorme, ao estilo pilates mas sem a mesma resistência. A chuva acalmou e começámos o caminho de volta para casa. Mais uns chuviscos. Pingos mais grossos. Chuva mais forte. Vamos ter que abrir o guarda-chuva. Pega na bola, pega na embalagem com o tiramisu, tira o guarda-chuva da mochila. Guarda-chuva aberto, e seguimos, por entre a multidão, com choques de guarda-chuvas a projetar água por todo o lado e poças a formar-se por todo o caminho. Em nenhum momento ficamos chateados. Pelo contrário. Já fomos a várias festas da Achiropita, mas esta, em que ele acertou no tiro ao alvo, e apanhamos chuva a ponto de ficar todos molhados, tenho a certeza que vai ficar na nossa memória. Como disse ao Mateus, "Destas (coisas), a gente não se esquece." As coisas não têm que ser perfeitas para serem boas ou inesquecíveis.


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