quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Eu e o equilíbrio

Hoje fomos andar de bicicleta no parque. Num pequeno trecho, estavam a podar árvores e todos - bicicletas nos dois sentidos e pedestres - tínhamos de passar por um espaço bem mais estreito, o que nos obrigava a andar na bicicleta a uma velocidade muito reduzida, quase parados. Imediatamente, o equilíbrio começava a falhar. A única forma de continuarmos a pedalar sem colocar os pés no chão era ir equilibrando a bicicleta em leves curvas de um lado para o outro. Lembrei-me da frase atribuída a Einstein "Viver é como andar de bicicleta. É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio." E hoje percebi que não é preciso um movimento linear e em alta velocidade: pequenos ajustes, um pouco aqui, um pouco ali, já são suficientes para nos manter equilibrados. O que é essencial é aguçar a nossa percepção, as nossas sensações: para onde a bicicleta está a pender e que pequeno gesto é necessário para a manter em movimento? Às vezes, pequenas mudanças de trajetória podem ser muito significativas no caminho que se quer percorrer. Nem todo o caminho é percorrido em linha reta e alta velocidade. Os passos lentos e pequenos também nos mantém no caminho. Valorize-os. Celebre-os. (Aqueles 10 minutos de exercício, aqueles 10 minutos de leitura, aquele dia sem comer doces, o primeiro parágrafo do trabalho, a primeira semana do curso, aquele dia sem reclamar, aquele primeiro dia sem fumar...) E, acima de tudo, repita-os. É a constância e não a velocidade que nos leva mais longe.

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