quinta-feira, 16 de novembro de 2023

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Quando não nos exercitamos há um tempo ou quando aumentamos a intensidade dos exercícios que fazemos, sentimos o corpo dolorido. Não raras vezes, apercebemo-nos de músculos que, até então, estavam desconhecidos para nós. A nossa atenção é direcionada para aqueles centímetros quadrados muito específicos da perna, por exemplo. E pensamos "Esse músculo sempre esteve aqui? Eu já o utilizei antes?" E, assim, ganhamos mais consciência corporal. Apropriamo-nos do nosso corpo. Acordamo-lo, aos poucos, utilizando cada vez mais o seu potencial. Por que não fazer o mesmo em relação às nossas emoções, crenças, medos? Olhar para dentro, exercitar tudo o que vai cá dentro, pode ser bem mais doloroso do que mexer o corpo. Assim como nos apercebemos dos músculos até então desconhecidos, mergulhando dentro de nós, podemos descobrir emoções que teimamos em manter escondidas. Olhá-las, pode provocar desconforto, até fazer-nos (re)viver algumas dores, mas é a única forma de realmente lidar com elas. Olhar, com curiosidade, abertura, entrega, é a única forma de as compreendermos, pois "é na dor que está a cura da dor." (Rumi) (Ou, em outras palavras, "a Verdade te libertará.")

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