sexta-feira, 2 de junho de 2023

117-365

 


Hoje estava a estudar Ludovico Eunaudi. Compositor e pianista que muito aprecio. A música dele é etérea, celestial, muitas vezes criando uma atmosfera intimista, quase como se de uma prece ou uma confissão se tratasse. Dei por mim no piano a tentar "descobrir" o melhor som para aquela música, exatamente o som que eu queria ouvir: fazer corresponder o som que eu imaginava com aquele que efetivamente estava a produzir. E comecei a refletir sobre como essa busca é tão semelhante ao que se fala sobre Lei da Atração. Dizem os especialistas em Manifestação que, quando queremos manifestar alguma coisa, temos que vibrar na mesma frequência daquilo que desejamos manifestar. Por exemplo, se quero atrair paz, tenho de vibrar paz. Se quero amor, tenho de vibrar amor. Embora seja uma coisa muito conceptual e, aparentemente teórica ou mesmo idealista, analisando bem, faz sentido. Alguns dos maiores cientistas da história (Einstein, Tesla, por exemplo) já afirmaram que tudo no universo é energia que vibra em certa frequência. Frequências idênticas atraem-se. Quando vibro (leia-se "alimento em mim, através de pensamentos e emoções, a crença") em escassez, atraio experiências de escassez que perpetuam a minha vibração em escassez. Eu sinto que não tenho, acredito que ter é difícil. Olho à minha volta e constato que não tenho. A minha crença fica fincada em mim. Atraio mais experiências que me confirmam que não tenho. Reitero a minha crença e continuo a atrair experiências idênticas. Vale para qualquer coisa. Acredito que o mundo está cheio de maldade. Olho à minha volta e, por ter essa crença, o meu foco recai na maldade à minha volta. A minha crença fortalece-se, e quanto mais se fortalece, mais atraio pessoas e situações que a comprovam. E segue o loop.
Mas hoje, no piano, o som fez-me refletir. Eu quero aquele som, e faço um gesto e uma intenção de me aproximar o mais possível dele, sabendo que ele já "está ali". Imagino-o, ouço-o interiormente, sinto-o e faço o gesto que mais se  adequa à sua manifestação. Eu sei que ele está ali, sinto que ele já existe, e quando "ataco" a nota é com a intenção e a certeza que aquele som vai acontecer. É como se eu soubesse que a vibração e frequência dele é aquela, está pronta para acontecer, e eu apenas vou ser uma ferramenta que possibilita que ele se torne audível. Tento entrar na mesma frequência dele: qual carácter está presente ali, quais emoções, e que gesto pode servi-los, dar-lhes vida? Posso ter que trabalhar aspetos técnicos para o conseguir, trilhar um caminho, mas trabalho sabendo que o resultado está a caminho, é possível, é certo, quer tanto encontrar-me como eu a ele. Sinto-o, percebo-o em mim. E dizem que esse é o grande diferencial da Manifestação: vibrar na frequência do que desejamos SENTINDO que já o temos. Não basta repetir incessantemente "eu sou abundante", e manter pensamentos e sentimentos de impossibilidade, descrença, dúvida. É preciso sentir que essa abundância que desejamos já está aqui, tal como o som que eu procuro no piano. Sinta que já a tem, e vai encontrá-la manifestada em alguma das imensas possibilidades de frequência energética em que estamos imersos. Já dizia a Bíblia:
"Tudo quanto em oração pedirdes, tenhais fé que já o recebestes, e assim vos sucederá."  

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