quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

12-365

 


Se há coisa que todos nós temos em comum é que, em algum momento, todos nos sentimos insuficientes. Em algum momento, experiências que passamos, criaram em nós um senso de carência, de nos faltar alguma coisa. Não somos bonitos o suficiente, não somos magros o suficiente, não somos inteligentes o suficiente, não somos corajosos o suficiente, não somos o suficiente. E quando alguma coisa nos falta, o que fazemos? Vamos à procura dela, ou esperamos que ela nos seja dada por alguém: procuramos nos bens materiais, na anestesia das distrações, na aprovação ou afeto dos outros. Talvez se tivermos mais dinheiro possamos sentir-nos autoconfiantes. Talvez se alguém nos amar, possamos ter amor-próprio. Talvez se tivermos muitos amigos ou seguidores, possamos ter autoestima. A questão é que, nas próprias palavras já temos a resposta: autoestima, autoconfiança, amor-próprio, não têm origem no outro, mas em nós. Amor algum preencherá a lacuna de amor-próprio, porque amor-próprio é de si para si mesmo. Seria como tentar matar a sede com comida, ou a fome com água. Os nossos "buracos emocionais" não são preenchidos por nada exterior a nós. Ninguém pode fechá-los por nós. É em nós que residem todas as respostas (curas) e apenas nós somos responsáveis por encontrá-las. Tudo o que vem de fora apenas gera uma realização temporária, ilusória. "A única saída é para dentro" (Sadhguru). Porque é dentro que, finalmente, nos descobrimos inteiros, completos, (auto)suficientes. 
E, então, sim, podemos amar e ser amados de forma plena. Porque se eu não me amo, como posso compreender que alguém me ame? Se queremos ter amor na nossa vida, temos que começar por nós mesmos. Quando sentimos Amor em nós e por nós, tudo à nossa volta será Amor também, porque aconteça o que acontecer, nós somos Amor.

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