sexta-feira, 7 de julho de 2023

134-365

 


Em criança/adolescente tive o enorme, imenso privilégio de estar num palco a cantar a 3a e a 8a Sinfonias de Gustav Mahler. Não, naquele preciso momento, não tive a noção do quão privilegiados eram aqueles momentos. Do quão especiais, sim. A sensação de estar naquele palco, particularmente na 8a Sinfonia, é indescritível. Ser uma pequena parte integrante de toda aquela vibração sonora, de toda aquela energia! Totalmente absorvida naquele momento. Inesquecível. Ainda hoje, ao ouvir a parte final da 8a Sinfonia, com as palavras de Goethe "Alles Vergängliche/ Ist nur ein Gleichnis", todos os poros da minha pele se eletrizam e arrepios percorrem a minha espinhappp. Durante a gravidez, ouvi muitas vezes essa parte específica da Sinfonia. Dizem que os bebés se acalmam quando ouvem os sons a que foram expostos na gravidez. E, de facto, era impressionante como, ao som de uma magistral obra com cerca de mil músicos em palco, o Mateus, tranquila e serenamente adormecia. Aquela música fantástica marcava presença na nossa vida. Há tempos que não a ouvia. Hoje, aniversário de Mahler, foi um excelente pretexto para a revisitar.
Podem ouvir aqui:

https://youtu.be/uYM54vhLYTU

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