domingo, 5 de março de 2023

64-365

 


Hoje fomos dar uma volta até à Avenida Paulista. Para quem não sabe, a Avenida Paulista é uma das principais de São Paulo. Numa região central, tem vários quilómetros, totalmente plana, e tem desde centros culturais, a centros e galerias comerciais, a museus, lojas e mais lojas, artesanato de rua, instituições financeiras. É um lugar incrível, cheio de diversidade, movimento e vida.
Aos domingos, a Avenida é fechada ao trânsito e transforma-se, potencialmente, em um dos lugares mais democráticos de São Paulo. Vê-se todo o tipo de pessoas, de todas as idades, géneros, classe social, estilo. Vê-se pessoas a andar de bicicleta, skate, patins, trotinete, a passear com os cães, a passear em família, casais hetero e homossexuais. A cada metro que se anda, encontramos uma banda a tocar, alguém a cantar ou a tocar um instrumento. Ouvimos de heavy metal, a música nordestina, passando por bossa nova e pop rock. Há mágicos, malabaristas, grupos de dança de todos os estilos, gente com todo o tipo de cartazes - hoje, por exemplo, um casal exibia o cartaz "tire uma fotografia Polaroid e ajude-nos a casar". Enquanto passeávamos por ali, comentávamos que energia tem aquele lugar! Uma alegria, uma vida! Impossível não sorrir com algumas pessoas que vemos pelo caminho. Há inúmeras barracas a vender comida e bebida, e feiras de artesanato que vendem todo o tipo de coisas, algumas de uma imensa e admirável criatividade. Hoje, o que mais nos rendeu sorrisos foi um mágico. Quando parámos para assistir um pouco, não estava ali tanta gente, mas o carisma do senhor era tal que, a dada altura, estava ali uma pequena multidão a interagir com ele. Outras pessoas, cantavam ou tocavam apenas para quem passava por ali.
A Paulista aos domingos tornou-se um imenso e democrático palco. Qualquer um que tenha meios e coragem pode apresentar-se ali. E nós, público, agradecemos.

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