domingo, 5 de março de 2023

O que Jesus faria (10)

Todos os mandamentos e ensinamentos poderiam ser reduzidos à máxima: "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós." Esta chamada Regra de Ouro não é original de Jesus, embora seja basilar nos seus ensinamentos. Na tradição védica, encontramos no Mahabharata "Esta é a suma do dever: não faças aos outros aquilo que se a ti for feito, te causará dor." Nas palavras de Confúcio "O que não queiras que os outros façam a ti, não o faças aos outros." É interessante que, na abordagem de Jesus, a formulação é feita pela positiva: o que queremos que nos façam, façamos também. Se queremos amor, damos amor. Se queremos paz, damos paz. Se queremos respeito, damos respeito. Se queremos verdade, cultivamos verdade. Se queremos perdão aos nossos erros e falhas, damos perdão. Se queremos compreensão e acolhimento quando nos sentimos desorientados, acolhemos os outros também. E a grande questão aqui é que a nossa atitude deve ser totalmente independente da atitude dos outros. O que os outros escolhem ser e fazer, é opção deles. O que cada um de nós escolhe ser, é uma decisão nossa. Não é uma resposta à atitude do outro, não é uma reacção, não é uma espécie de troca, é uma acção consciente. "Pois, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? (...) E, se saudais unicamente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário?"  "Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente." 

Em momentos de dúvida, pense: o que Jesus faria? Ele foi um excelente professor, que viveu as lições que ensinou. Um Mestre. Sem quaisquer cobranças ou expectativas, Jesus sempre foi para os outros o que gostaria que fossem para si. Sejamos nós também, e o mundo, certamente, será um lugar melhor para se viver.

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