sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

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Uma coisa surpreendente na cidade de São Paulo é a quantidade enorme de árvores de fruto que se vê pela cidade. Em algumas épocas do ano, o chão fica repleto de pequenos frutos vermelhos (pitanga), em outras são frutas que se assemelham a estrelas amarelas (carambola). Também se vêem limões nas árvores, amoras ou, como nestas fotografias, jacas e jabuticabas. A jabuticaba (à esquerda) é particularmente interessante porque não fica na copa da árvore, mas ao longo do tronco. Pequenos fruto que se assemelha, na aparência, a uma cereja. Pessoalmente, é uma das minhas favoritas. Come-se como, em Portugal, fazemos com os tremoços: um rasgo na casca e, com os dedos, empurramos para a boca a espécie de polpa que fica por dentro. (Tem uma pequena semente no centro que dá para engolir.)
Por incrível que pareça, São Paulo não é só uma imensa selva de pedra. Em cada canto e recanto, há surpresas pelo caminho. Como em tudo, é preciso atenção, e olhar para além do óbvio e do pré-concebido. E, para isso, é necessário criar uma abertura, um espaço entre o que percebemos e o que antecipávamos perceber. É nesse espaço que a contemplação e o encantamento acontecem.

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