terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

45-365


Sempre gostei de ler. Em criança, era a última coisa que fazia antes de dormir. A minha mãe conta que, mesmo exausta do dia na escola, treino de ginástica, deveres de casa, quando me sugeria que não lesse em algum dia e fosse logo descansar, eu não aceitava. Por cinco minutos que fosse, tinha de ler.
Cada vez mais adoro ler! Não só romances que nos levam para outros mundos, mas também poesia que nos emociona, autobiografias que nos inspiram, livros de autoconhecimento ou específicos de algum assunto que nos abrem a mente. Nos últimos anos, tenho lido livros incríveis com os quais aprendo sempre mais a cada vez que os releio. Também voltei a alguns clássicos e li, pela primeira vez, outros que nunca tinha tido a  oportunidade de ler. Voltar a um livro que lemos há muitos anos (ou filme) é uma experiência muito interessante. Deparamo-nos com a realidade de que não somos mais a mesma pessoa de quando o lemos pela primeira vez. Os nossos gostos podem ter mudado, as nossas crenças, a nossa forma de ver o mundo. Por isso, reler um livro do qual gostámos muito há 15, 20 anos atrás, pode levar-nos a uma experiência completamente diferente daquela que vivenciámos na primeira leitura. Seja como for, ler é sempre uma experiência profundamente enriquecedora. Não só nos traz conhecimento, abre horizontes sobre o mundo que nos rodeia, como nos inspira, nos leva para dentro, e nos faz conhecer mais do nosso mundo interior. Quando lemos, também aprendemos a ler-nos.
Agora, desculpem. Vou retomar a minha leitura de "Grande Sertão: Veredas".

Sem comentários:

Enviar um comentário