quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

O que Jesus faria (1)

Entrámos no período da quaresma. Este período de 40 dias antecede a Páscoa e simboliza os 40 dias e 40 noites que Jesus passou no deserto. Jesus, ao contrário de nós, sempre soube qual era o seu destino. Sempre soube o que teria de enfrentar. Temos de admitir: qual de nós teria capacidade de saber e aceitar o que nos espera lá à frente?

Após ser baptizado por João, Jesus prepara-se para iniciar a parte mais importante da sua jornada: divulgar a palavra de Deus. Ele sabe a importância do seu papel, sabe que será uma tarefa difícil, sabe as provações que o esperam. Apesar de tudo, Jesus sente as mesmas emoções humanas que nós: tem medo, dúvidas, momentos de fraqueza. Mas não vira costas ao desafio. Pelo contrário: desafia-se, além dos seus limites. Encara os seus medos de frente: afasta-se por 40 dias e 40 noites de jejum no deserto. Embora sentindo fome, mantém-se firme, embora o diabo o tente diversas vezes, oferecendo caminhos mais fáceis e menos dolorosos, ele resiste. Perante as dificuldades superadas nesses 40 dias, fortalece-se. A sua força vem de purificar-se (jejum) e da reflexão profunda (isolamento). A sua força vem de olhar para dentro, para si mesmo, e não dispersar a sua energia pelas coisas externas. E é assim que o seu propósito se torna inabalável: sabe quem é, sabe o que tem de fazer. Nada nem ninguém poderá demovê-lo.

Em momentos de dúvida, pense: o que Jesus faria? Ele foi um excelente professor, que viveu as lições que ensinou. Um Mestre.

Perante a dificuldade de algum desafio, afaste as distrações, foque-se em si mesmo, questione os seus medos, enfrente-os, e encontre as respostas que procura. E, então, estará forte para seguir adiante, independentemente da realidade que se lhe apresente.



Sem comentários:

Enviar um comentário