domingo, 26 de fevereiro de 2023

O que Jesus faria (4)

Um dos sermões mais bonitos de Jesus, na minha opinião, é o chamado Sermão da Montanha. É rico em ensinamentos, e aquilo que mais me chama a atenção é o quanto Jesus prega o Amor. Não apenas o amor a quem nos é próximo, mas um tipo de amor bem mais desafiante: àqueles que são nossos inimigos. Jesus defende, em cada palavra, o entendimento, o perdão, a compaixão, a entrega. Como os seus ensinamentos são atuais! Quando olhamos à nossa volta - e, admitamos, para nós mesmos - percebemos como é fácil cair na tentação de revidar. Principalmente hoje em dia, pós-pandemia, a tolerância das pessoas parece ter-se reduzido a níveis mínimos. Por vezes, coisas insignificantes, geram reações desmedidas. É bem mais fácil reagir, responder, devolver a agressão do que colocar-se no lugar do outro, compreender, ou até ajudar. E é esse o desafio que Jesus nos coloca: amai os vossos inimigos, "fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos amaldiçoam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem". Não só ele pregou isso como realmente o viveu, em toda a sua vida. Foi um excelente professor, que viveu as lições que ensinou. Um Mestre. Perdoou a quem o caluniou, amou a todos, sem excepção. E aí está o grande desafio, pois "Se amais os que vos amam, que agradecimentos merecereis? Se fazeis o bem aos que vos fazem bem, que agradecimento merecereis?" Difícil é perdoar. Difícil é não devolver o insulto, o soco, a calúnia. Sempre que nos sentimos injustiçados, sentimo-nos no direito de responder, de nos defender. Aliás, há quem sinta, até esse dever, pois sente-se fraco ou humilhado caso não o faça. Mas defender-nos, muitas vezes, nada mais é do que um novo ataque. Em momentos de dúvida, pense: o que Jesus faria? Não temos de ser iluminados como Jesus a ponto de "oferecer a outra face", mas podemos, pelo menos, criar um momento de pausa entre a ofensa, ataque ou provocação e a nossa reação. Podemos tentar ser mais conscientes das nossas respostas. Quem sabe o mundo poderia ser um pouco mais pacífico, um pouco mais...amoroso.


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