domingo, 12 de fevereiro de 2023

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Não é fácil mudar. Sair da nossa zona de conforto é profundamente assustador e, muitas vezes, doloroso, mesmo quando a nossa zona de conforto se tornou totalmente desconfortável. As pessoas têm dificuldade de abandonar seus sofrimentos. Por medo do desconhecido, elas preferem sofrer com o que é familiar” (Thich Nhat Hanh) Não é fácil mudar. Imagine na Pré-História, uma tribo fazer, todos os dias, o mesmo caminho já trilhado para procurar alimento. O caminho é sinuoso, perigoso, mas demoraram muito tempo a abri-lo, a conhecê-lo, a saber a melhor hora de se aventurar nele. Poderiam tentar um caminho diferente, abrir novos caminhos, mas já aprenderam a conviver com o perigo daquele, e o receio e a insegurança do que poderiam encontrar em um caminho novo, mantem-nos presos a seguir o mesmo velho caminho sinuoso e perigoso. Com a nossa mente funciona exatamente da mesma forma. Ela tende a criar atalhos, caminhos através dos quais resolvemos problemas, reagimos, nos comportamos, vemos o mundo. Ela segmenta em "bom" e "mau" tudo o que nos rodeia. A nossa mente é uma ferramenta fantástica! O problema é que ela também nos aprisiona nesses caminhos já trilhados e nos, potencialmente, incontornáveis "eu sou assim" que ela define. Se não estivermos conscientes das nossas escolhas, continuamos a percorrer os mesmos caminhos de forma automática, sem questionar se não haverá uma forma melhor de o fazer. Se não fizermos uma escolha de quem queremos ser, continuaremos a crer que "somos assim". Aceitaremos essa natureza como os nossos ancestrais aceitavam que percorriam o único caminho possível. Só porque é mais fácil manter-se no que já conhece. É fácil dizer "eu sou preguiçoso" e não arrumar o quarto ou não se exercitar. É fácil dizer "eu sou distraída" e não se focar nos estudos. É fácil dizer "eu sou pessimista" e entregar-se ao derrotismo, não lutar para ser feliz. Mudar é difícil. É assustador. Exige esforço, dedicação, trabalho. Mas o que mais exige é uma decisão. E coragem. Decida que não mais será escravo do que a sua mente lhe dita! Decida que, a cada momento, é você que escolhe o que quer ser! E tenha a coragem de ser fiel à sua decisão! Todos os dias, a cada momento, substitua cada pensamento que não estiver de acordo com a sua decisão por outro que se encaixe nela. Não se acomode, não se resigne a ser o que se convenceu que é!  Seja persistente e convença a sua mente da sua decisão e ela será sua aliada na mudança. A nossa mente é uma ferramenta incrível! Não se deixe manipular por ela. Use-a! Já reparou que a nossa mente nos mostra sempre mais daquilo que achamos que somos ou merecemos? Quando nos sentimos numa fase má, que tudo nos acontece, todos os dias encontramos mais razões para nos convencermos disso. Quando achamos que a fase é boa, encontramos mais coisas que nos fazem sentir sortudos. Então, seja tão firme na sua decisão, que a sua mente, ao invés de o sabotar, o impulsione na direção da mudança. Somos maiores que os nossos medos, que as nossas limitações, que as nossas crenças. Imagine-se a viver sem esse medo, essa limitação, essa crença? Como se sentiria? Como pensaria? Como agiria? O que poderia mudar na sua vida em consequência dessa mudança interior? Não vale a pena o esforço? Decisão e coragem! E vá lá ser feliz!


(O trabalho de Marisa Peer é profundamente inspirador nesta temática. Procure os vídeos no YouTube.Vale a pena!)

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