quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

32-365

 


Hoje dei de caras com um "boguinhas" verde igual ao que tive entre os meus 18 e 25 anos. O meu querido Twingo! Não tinha vidros elétricos, não tinha direção assistida, não tinha ar condicionado, tinha apenas duas portas e um rádio simples que só permitia ouvir cassetes, mas era o melhor carro do mundo para mim. Incrivelmente espaçoso por dentro - todas as pessoas, todas, as que entravam no meu carro ficavam espantadas "como é possível este carro ter tanto espaço por dentro?! - e cabia em qualquer lugarzinho de estacionamento. Levou-me para tudo quanto foi lado. Gostava tanto, mas tanto daquele carro que, quando me despedi dele, não consegui evitar umas lágrimas. Mesmo estando a trocá-lo por um carro com bem mais recursos - e que me fez feliz também, diga-se.
Não precisamos de mansões, carros de luxo, roupas de marca para ser felizes. Durante aqueles anos, eu não senti falta de nada no meu twingo. A felicidade não está nas coisas, mas no que fazemos delas. É possível ser feliz com coisas simples. Com o meu "boguinhas" verde, no auge da sua simplicidade, eu fui. (Por isso, ver um estacionado na rua, arranca-me, facilmente, um sorriso.)

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